Coleoptera

Chuva. Chuva e um pouco de vento. Aliás, bastante vento.

Levanto-me da cama e me espreguiço. Já estava acordado, mas ainda continuei deitado. Calço meu chinelo e caminho até a porta da cozinha. Converso com a minha mãe e logo ela me adverte:

- Tem um bicho enorme ali fora!

Não me preocupo. Vindo de minha mãe, devia ser algo não tão grande assim, mas que, certamente, foi fermentado pelo medo de "bichos" que ela sente, coitada.

Com toda calma e sem muito interesse, vou até a varanda de casa, a passos lentos. Procuro por um instante. Nada vejo. Procuro mais um pouco, olho, olho, olho... Nada vejo. Logo atrás de mim, vem ela, minha mãe, com olhar receoso e cara ligeiramente assustada.

- Não achou ainda?

Balanço a cabeça em negação. Por mais algum instante, investigamos o local. Continuo despreocupado, mas minha mãe parece estar procurando algo realmente assustador. Desisto. Paro de procurar e espero que ela encontre. Até que de repente, não mais que de repente, surge o grito:

- Olha ali!!!!!

Assustei-me e fui imediatamente ver quem era o ser tão magnificamente grande a ponto de fazê-la encenar todo aquele alarde. Devagar, me aproximo e dou uma olhada por cima para poder, finalmente, identificar o sujeito.

- Que bicho será que é esse, meu filho?!

Suspirei fundo. Olhei-a com desdém.

- Tudo isso por causa de um besouro, mãe?






















Mas devo admitir... Ele era feio.


2 Comments:

Lauro said...

Adoro besouros *-*

Anônimo said...

Cuidado, não incita a fúria da classe que na próxima vida vc volta como um beesouro glamouroso haha

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